A Fundação Nacional de Arte (Funarte) lançou, nesta sexta-feira (10), durante o Mercado das Indústrias Culturais do Brasil – MICBR, em Belém (PA), cinco novos editais para o programa Funarte Rede das Artes 2023 – Programa de Difusão Nacional.
Cada um deles no valor de R$ 5 milhões para fomentar circuitos artísticos em cada eixo de atuação da fundação: artes visuais, circo, dança, música e teatro. Serão escolhidos 150 projetos para receberem bolsas culturais.
A presidenta da Funarte, Maria Marighella, destaca a importância do investimento em circuitos que possam atingir o público em cada território do país.
“Esses editais são na verdade o embrião, digamos assim, mais importante, porque é o fomento, é o investimento, daquilo que nós estamos chamando Programa Nacional de Difusão das Artes”, disse. “Eles darão foco na difusão nacional, mecanismos de fomento para a ativação de redes para a circulação. Então a ideia é integrar a produção artística brasileira de cada linguagem com curadores, programadores, espaços culturais, criando circuitos para escoar a produção artística brasileira”, afirma.
Os editais homenageiam personalidades reconhecidas por suas trajetórias: Carequinha, no circo; Klauss Vianna, na dança; Marcantonio Vilaça, nas artes visuais; Myriam Muniz, no teatro; e Pixinguinha, na música.
Na seleção, serão bonificados projetos das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, além de recursos reservados para proponentes negros, indígenas e de pessoas com deficiência.
O programa busca integrar artistas, realizadores, espaços e circuitos culturais para o público. Poderão participar como proponentes pessoas jurídicas de direito privado, de natureza cultural, com ou sem fins lucrativos, e com experiência no campo da cultura e das artes.
O secretário adjunto de cultura de Mato Grosso, Jan Moura, vice-presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura, reforçou que os editais projetam a diversidade da cultura brasileira.
“A gente que cresce estudando a história das artes no Brasil, em que uma história das artes é construída apenas por aqueles que fazem no Rio e em São Paulo, não é uma história verdadeira. E a academia, a faculdade, tem criado uma outra narrativa. Por isso, é tão importante os editais da Funarte, porque eles trazem para o país, um país que muitos ainda não veem. Nós vemos porque estamos aqui e a gente sabe muito bem a potência que é a Amazônia, a potência que esse lado de cá do Brasil. Mas a gente precisa fazer com que o mundo se conecte com a Amazônia, se conecte com a arte que é feita nesses estados”, ressalta.
As inscrições começam em 13 de novembro para os editais de artes visuais e de música. Para os editais de teatro, circo e dança, o prazo terá início no dia 4 de novembro. Mais informações no site .
*O repórter viajou a convite do Ministério da Cultura.
, Gésio Passos – Enviado especial*